🔴 Conferência “Tecidos do passado inspiram o futuro: Perspectivas para a valorização do Património Têxtil português a partir da experiência da Acção COST EuroWeb – Europe through Textiles”
🟢 MAEDS celebra comemorações das Jornadas Europeias de Arqueologia 2023
☀️ Verão no MAEDS. Os ateliers estão de volta!
De 4 a 21 de julho, o MAEDS - Museu de Arqueologia e
Etnografia do Distrito de Setúbal vai realizar três ateliers para dar asas à
imaginação durante as férias escolares.
"Entre Cores e Tramas" irá ocorrer de 4 a 7 de
julho e será um espaço de liberdade para experimentação e criatividade. Vamos
descobrir as obras da artista plástica 'Iffy', levando as crianças a explorar
várias técnicas como pintura, desenho, colagens, esculturas em barro, tecelagem
e fotografia.
De 11 a 14 de julho, iremos explorar "O Mundo dos
Dinossauros" de uma forma divertida, onde as crianças poderão aprender
sobre as várias espécies que existiram e realizar diferentes trabalhos de
expressão plástica, baseados neste mundo dos dinossauros, incluindo a modelagem
de fósseis.
Na última semana, de 18 a 21 de julho, o MAEDS terá o
atelier "Histórias com Sombras e Luz", onde as crianças poderão criar
suas próprias histórias e mostrá-las através da criação de personagens,
marionetas, cenários e teatros de sombras.
Os ateliers serão realizados das 10h00 às 12h00 e estão
limitados a 12 participantes por semana. Cada atelier tem o custo de 20,00
euros, incluindo o material necessário.
Os interessados devem efetuar a sua inscrição através do
formulário online disponível em https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScDetaxxXe8RE9lFm5DMjjn-Z9zfPVzySjYrldBa8cfGZ6ISw/viewform, até ao dia
26 de junho.
Vem fazer novos amigos e explorar novos mundos connosco no
MAEDS!
Conferência “O Porto de Setúbal na História e na Cultura Marítima”
No dia 20 de maio, pelas 16h30, realiza-se no Museu de
Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal a conferência intitulada “O
Porto de Setúbal na História e na Cultura Marítima”.
Ana Cláudia Silveira, investigadora do Instituto de Estudos
Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa, será a oradora desta apresentação.
A entrada é livre.
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Sessão de Poesia “De Rerum Natura - Poesia das coisas, da natureza e da biodiversidade”
Conferência “Antigas quintas e hortas setubalenses: passado, presente e futuro”
No dia 6 de maio, pelas 16h00, ocorre no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal a conferência “Antigas quintas e hortas setubalenses: passado, presente e futuro”, será abordado o processo de mudança da morfologia do espaço motivado pela crescente expansão urbana, o legado destas propriedades na atualidade e as perspetivas futuras para esse património remanescente.
O evento tem como orador Pedro Fernandes, investigador integrado do Polo de História, Territórios e Comunidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.A entrada é livre.
No dia 21 de abril, pelas 21h00, decorre no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal uma conferência dedicada ao Dia da Terra, sob o tema “Dia da Terra, que futuro para o Planeta”.
Atelier "HABITAR A IMAGINAÇÃO"
O Museu de Arqueologia e Etnografia no Distrito de Setúbal promove nos próximos dias 4 e 5 de abril, o atelier de artes plásticas “Habitar a Imaginação”, destinado a crianças entre os 6 e os 14 anos.
Os participantes vão ter a oportunidade de
conhecer os artistas da exposição fotográfica “Habitar a Terra” - patente no
MAEDS, até ao dia 31 de maio - e a partir das suas obras, vão ser elaboradas
novas interpretações em pintura, colagem, desenho e escultura.
A participação neste atelier, que decorre, nos dois dias, das 10h00 às 12h00, é limitado a 12 participantes e tem o custo de dez euros, com material incluído.
Os interessados deverão submeter a sua inscrição através do formulário on-line disponível em https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScDetaxxXe8RE9lFm5DMjjn-Z9zfPVzySjYrldBa8cfGZ6ISw/viewform
, até ao dia 31 de março.
Para mais informações:
Serviço Educativo do MAEDS
265 239 365 / 939 553 004 ou maeds@amrs.pt
maeds.amrs.pt
Workshop “Repensar o Mesolítico | Rethinking the Mesolithic”
No dia 15 de abril, vai realizar-se entre as 10h00 e as 18h00, na Casa da Baía, em Setúbal, um workshop sobre os últimos caçadores-pescadores-recoletores.
Esta reunião científica, que conta com oradores nacionais e
internacionais, pretende discutir as problemáticas ambientais associadas às
últimas sociedades de caçadores-pescadores-recoletores, as quais, no Distrito
de Setúbal, constituíram duas importantes áreas de povoamento mesolítico - Sado
e Costa Sudoeste. Os processos de mudança cultural que levaram à emergência das
sociedades camponesas serão outro relevante tópico de debate. Ainda neste
encontro, será apresentado o volume 21 da Setúbal Arqueológica, dedicado à
temática abordada.
Venha celebrar o Dia Nacional dos Centros Históricos com o MAEDS
No dia 28 de março, o MAEDS – Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal irá realizar a Visita Participada “Aprender o Centro Histórico de Setúbal”. Visita guiada gratuita e aberta a toda a população.
A partir da observação de alguns aspetos do património construído do Centro Histórico de Setúbal, os visitantes serão desafiados, através de materiais didáticos, a descobrir mais sobre a história da cidade.
A visita, conta com duas sessões, a primeira com
início às 10h00 e, a segunda às 15h00, com ponto de encontro no MAEDS – Museu
de Arqueologia e Enografia do Distrito de Setúbal. Cada sessão tem a duração de
aproximadamente duas horas.
Para participar basta aparecer num destes horários e trazer consigo um lápis ou uma caneta.
No caso de grupos institucionais é necessária marcação
prévia, através do e-mail: servicoeducativo.maeds@amrs.pt ou por telefone: 265
239 365 / 939 553 004.
Mesa-redonda sobre o papel das jovens mulheres na área da Cultura
Dia 10 de março, pelas 21h00, inauguramos a exposição fotográfica “Habitar a Terra” com imagens de Carlos Almeida, Joana Bom e Rosa Nunes.
As três abordagens, complementares ou divergentes, mostram diversas formas de habitar e outras tantas cadências de estar no tempo.
“Diálogos”, de Rosa Nunes, inspira sentimentos contraditórios
e aparentemente inconciliáveis, mas adverte mais do que a palavra para formas
de habitar nas margens periurbanas, fronteiras expectantes, com o destino
suspenso, tal como a vida de migrantes. Algumas das imagens convocam
melancólica nostalgia pelas cinturas verdes de quintas que rodeavam as nossas
cidades e que a industrialização das décadas de 60-70 do século XX reduziu a
não-lugares, ao serviço de urbanização massiva e caótica. Essas imagens
comportam ainda outra dimensão, a de trajetória para cidades mais verdes:
distenda-se o olhar sobre extensa várzea pontuada por “salvados” do património
rural, que desafiam o tempo no seu estar de ruínas arqueológicas e prometem
guardar as sucessivas camadas de memória de outras formas de habitar, até uma
primordial idade de inocência, quando os deuses passeavam na terra e os animais
falavam.
Contamos consigo! Entrada livre.
BOLSAS DE DOUTORAMENTO
O MAEDS encontra-se disponível para receber candidaturas
para bolsas de doutoramento nas seguintes áreas:
- Conservação e Restauro
- Antropologia
- Arqueologia
- Arquivo e Ciências Documentais.
As candidaturas estão abertas durante o mês de Março e podem
ser feitas aqui:
https://www.fct.pt/fct-publicou-o-aviso-de-abertura-do-concurso-anual-para-bolsas-de-doutoramento/
Oficina de arte “CONSTRUÇÃO DE MÁSCARAS”
2 de março, em Madrid, Instituto Arqueológico Alemão
PRÉMIO DE ARQUEOLOGIA PROFESSOR DOUTOR OCTÁVIO DA VEIGA FERREIRA - EDIÇÃO DE 2022-, DISTINGUE O CASTRO DE CHIBANES
(palavras proferidas por Joaquina Soares no acto de outorga do Prémio Prof. Doutor Octávio da Veiga Ferreira)
Exma. Senhora Prof.ª Doutora Manuela Mendonça, Digníssima Presidente da Academia Portuguesa da História, Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Exma. Mesa, Estimados Confrades, Amigos e Colegas, Minhas Senhoras, Meus Senhores.
É com muita honra e imensa alegria que recebo, também em nome de Carlos Tavares da Silva, o Prémio de Arqueologia Prof. Doutor Octávio da Veiga Ferreira, em boa hora instituído pela Câmara Municipal de Oeiras e Academia Portuguesa da História, a quem agradecemos vivamente.
O Prof. Octávio da Veiga Ferreira, nosso mestre maior, inspirou-nos e a várias gerações no caminho da uma Arqueologia Científica de braço dado com as chamadas
Arqueociências, ao contrário do paradigma então vigente.
Este insigne Arqueólogo e Professor criou no Museu dos Serviços Geológicos (hoje Museu Geológico), e depois na Universidade Nova, uma Escola de Arqueologia onde os jovens estudantes e os investigadores nacionais e estrangeiros que procuravam estudar a realidade portuguesa eram acolhidos num espírito de abertura europeísta, mesmo nos anos sombrios do Estado Novo. A sua paixão contagiante pela arqueologia e pela geologia de campo materializaram-se em uma obra notável com mais de 340 títulos publicados e na colaboração dispensada a mais de uma centena de cartas geológicas da série 1:50.000.
A construção da memória desta figura ímpar da Cultura Portuguesa muito deve ao Prof. Doutor João Luís Cardoso, a quem também aqui homenageamos
A realização do livro “ O Castro de Chibanes na Conquista Romana. Intervenções Arqueológicas de 1996 a 2007”, agora distinguido com tão importante prémio, só foi possível graças ao financiamento e empenho da Associação de Municípios da Região de Setúbal –AMRS-, a quem naturalmente agradecemos.
Qualquer projecto de investigação sobre o devir histórico começa pelas fontes, as nossas são os contextos arqueológicos. Chibanes foi objecto de muitas campanhas de escavação, normalmente associadas a cursos de verão para estudantes universitários. Largas dezenas de estudantes fizeram o estágio de campo da licenciatura em Arqueologia, no Castro de Chibanes. Para esses queridos alunos, arqueólogos, desenhadores e demais participantes vai o nosso reconhecimento. Graças ao seu esforço tecnicamente orientado e entusiasmo, foi possível resgatar dos sedimentos e do esquecimento o fortim romano republicano dos séculos II-I a.C., agora dado a conhecer monograficamente neste livro e justamente classificado como Monumento de Interesse Público, em resultado das escavações
arqueológicas.
Mas outrostempos, outras arquitecturas, outras narrativas que precederam a fortificação romana, há 5000anos, aguardam ainda publicação monográfica.
Aos colegas que participaram sectorialmente no estudo da cultura material, ecofactos e artefactos, agradecemos afectuosamente terem connosco percorrido esse caminho de interrogações, com muitas horas de gabinete, de laboratório e de debate. Da Universidade do Porto, Catarina Ginja e colaboradores do projecto Archgen; da Universidade do Algarve, Ricardo Godinho e Adriana Leite; do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, Cleia Detry, Elisa de Sousa, João Pimenta, Susana Estrela; da Universidade de Sevilha, Noé Conejo e José António Correa Rodríguez.
Um agradecimento final, mas muito sentido, vai para os mais próximos colaboradores, que diariamente compõem as teias da Memória no Centro de Estudos Arqueológicos do MAEDS: Antónia Coelho-Soares, Susana Duarte, Teresa Rita Pereira, Júlio Costa, Ana Castela, Ana Paula Covas e Virgínia Ajuda.
A terminar, renovo os agradecimentos à Academia Portuguesa da História e à Associação de Municípios da Região de Setúbal, e deixo um voto, ou melhor, um apelo para que o Ministério da Cultura e a FCT olhem o património arqueológico como fonte indispensável à produção de conhecimento histórico no tempo longo e como importante recurso de desenvolvimento económico, social e cultural. Financiar de forma condigna é preciso, apoiar com o entusiasmo de quem acredita e deixar que os olhos se estendam para sul do grande Rio é indispensável à coesão nacional.
Joaquina Soares,
Lisboa, APH,
7 de Dezembro de 2022