O QUE NÃO PODE PERDER NO MAEDS...

28 DE JANEIRO, 6ª FEIRA, 21.30h

SYNAPSIS e MAEDS apresentam:

Performance: "A PAIXÃO DE MARIANA”

Actores: Carlos Medeiros e Elisabete Caramelo

Sessão de leitura teatralizada das cartas atribuídas a Mariana Alcoforado, com exibição de fotos da exposição de Carlos Medeiros sobre a temática. Elisabete Caramelo será Soror Mariana e Carlos Medeiros o marquês de Chamilly. A performance assenta no conceito do público seguir os actores pelas salas do Museu, onde farão, em locais apropriados a leitura encenada de excertos das cartas.

Entrada livre



Sóror Mariana Alcoforado nasceu em Beja, a 2 de Abril de 1640 e faleceu aos oitenta e três anos de idade, abadessa do Convento da Conceição, em Beja, a 28 de Julho de 1723. Foi uma freira portuguesa, considerada a autora das cinco Lettres Portugaises (As Cartas Portuguesas) dirigidas a Noel Bouton de Chamilly, conde de Saint-Léger, oficial francês que lutou em solo português sob as ordens de Frederico de Schomberg, durante a Guerra da Restauração. A sua obra Cartas Portuguesas tornou-se num famoso clássico da literatura universal.
Os amores com o Marquês de Chamilly, a quem vira pela primeira vez do terraço do convento, de onde assistia às manobras do exército, deve ter ocorrido entre 1667 e 1668. Sóror Mariana pertencia à poderosa família dos Alcoforados, e o escândalo provavelmente alastrou-se por essa razão. Temeroso das consequências, Chamilly saiu de Portugal, sob o pretexto da enfermidade de um irmão, prometendo mandar buscar Mariana. Na sua espera, em vão, Mariana escreveu as referidas cartas, que contam uma história sempre igual: esperança no início, seguida de incerteza e, por fim, a convicção do abandono.
Seguiram-se as Respostas; entretanto, todas as outras publicações são apócrifas. Na hipótese de não serem autênticas, ignora-se por que as Cartas, escritas em francês, possuem acentuados vestígios de sintaxe portuguesa. Especula-se que provêm de tradução literal de cartas escritas em português — e perdidas —, ou então compostas por alguém que, conhecendo o idioma francês, não o dominava a ponto de redigi-lo com absoluta perfeição. E na biblioteca dos Alcoforados acharam-se inúmeros livros em francês, indício provável de que eles teriam se servido frequentemente da língua, ao menos para leitura.




MAEDS e CENTRO CULTURAL EMMERICO NUNES apresentam:
Exposição: MODERNISMO, DESENHO HUMORÍSTICO E CARICATURA
Facetas republicanas portuguesas em contexto europeu

Facetas Republicanas Portuguesas em Contexto Europeu: Os cinquenta anos que perecederam a Grande Guerra foram marcados por transformações profundas na arte europeia. Se os primórdios da República, em Portugal, foram propícios à expressão de uma primeira fase modernista, a verdade é que esse movimento apenas teve impacto sobre uma minoria. Mas também era assim nos restantes países da Europa. Ferramenta do poder, a arte académica assegurava o domínio das classes dirigentes sobre as normas, os valores e o imaginário colectivo. Jornais, revistas e cartazes constituem, então, o espaço de circulação possível de novos cânones estéticos. Exposição comissariada por Isabel Lopes Cardoso.

Produção: Centro Cultural Emmerico Nunes. Apresentação: MAEDS.

Visitas guiadas e ateliês gratuitos.

A exposição ficará patente ao público até ao dia 5 de Março.