MAEDS MARCOU NO PASSADO FIM DE SEMANA A ACTIVIDADE CULTURAL EM SETÚBAL:



Apoio ao lançamento do livro "DE GANTE A SAMOTRÁCIA. POEMAS OCASIONAIS" de Joaquina Soares, no serão de sexta-feira, dia 19 de Outubro, no salão Nobre da Câmara Municipal, com uma assistência de cerca de 200 pessoas.

Veja na reportagem de Alex Gandum alguns momentos desse evento.










Inicio do curso de Desenho Traço a Traço




INAUGURAÇÃO DE DUAS NOVAS EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS, PARA VISITAR ATÉ AO FINAL DO ANO. Entrada livre.
Aqui fica uma selecção de fotos de Alex Gandum, como sugestão para a tal visita real.






























Apresentação do livro de poesia “De Gante a Samotrácia. Poemas Ocasionais” da autoria de Joaquina Soares



Na sexta-feira, dia 19 de Outubro, pelas 21h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal, ocorrerá a sessão de lançamento do livro de poesia “De Gante a Samotrácia. Poemas Ocasionais”, da autoria de Joaquina Soares, editado pelo Centro de Estudos Bocageanos (CEB).
A apresentação do livro será realizada pelo escritor Fernando Dacosta. O Presidente do CEB, Daniel de Pires, estará também presente.
A declamação poética é integrada em uma performance coordenada por José Maria Dias do Teatro Estúdio Fontenova e coreografada por Yolande Cloetens, em que participarão:

- Graziela Dias (Teatro Estúdio Fontenova);
- Marília Espírito Santo (Associação de Angolanos e Amigos de Angola);
- João Completo (grupo Synapsis);
- Ana Carolina Lourenço (violinista);
- David Brito (violinista);
- Cláudia Louzada, Inês Gonçalves, Inês Rosa, Inês Core (Classe de Ballet do V.F.C.)

Entrada livre
Apoios da Câmara Municipal de Setúbal e do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal.

Sobre a autora:
(Maria) Joaquina (Coelho) Soares, Arqueóloga, Directora do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal e Professora na FCSH da Universidade Nova de Lisboa, publica o seu segundo livro de poesia, reafirmando que entre ciência e arte existem muitos cruzamentos, e que a poesia é ainda um raro território de encontro.


Sobre a obra:
Rara expressividade
Com um título de estranhar, De Gante a Samotrácia, este livro de Joaquina Soares emerge na moderna poesia portuguesa como ângulo de rara expressividade.
A escrita, o imaginário da autora revelam, com efeito, universos de criatividade e racionalidade singularíssimos.
O lírico, o satírico, o épico – tão identitários de nós – pertencem a territórios que Joaquina Soares contorna a fim de abrir, e impor, os seus.
O que logra inteligentemente dado o seu “surrealismo incolor”, na expressão de Natália Correia (sobre o surrealismo português), e o seu virtuosismo formal que lhe permitem desmontar e montar palavras, ideias, sentimentos, memórias
Pietà 4, título de um dos poemas, é exemplar:

“Quando morrer
poderei repousar
em qualquer lugar.
De preferência longe da cidade,
na savana africana,
onde um casal de felinos se deita ao luar,
ao som do murmúrio do vento”.

Dividido em três partes (Poemas de Gante, Poemas de luto em Lisboa e Dança com pano vermelho), o livro de Joaquina Soares abre e fecha círculos que, progressivamente, nos envolvem, nos cumpliciam.
Ao surgir em periferias da literatura convencional, a autora ganha espaços (próprios) que lhe permitem inovar, dilatar como poucos ousam assumir.
De Gante a Samotrácia é uma viagem estimulante, de bússola invisível mas de rota certeira que fica (nos que a dobrarem) como referência de engenho incomum.

Fernando Dacosta