lançamento do livro. ATRAVESSA DOS BISPOS ESCARLATES. De Salvador Peres.30 de Junho. 18h00.MAEDS.


SALVADOR PERES nasceu em Setúbal, em 1954. Os seus interesses, para além da reflexão e intervenção filosófica, repartem-se pela música e pela escrita. Desde 1980, mantém uma intensa actividade cultural em Setúbal, participando numa tertúlia de artistas ligados às artes plásticas e à música. Como compositor, é autor de mais de 100 canções, muitas das quais constituem reportório das bandas In Situ (1993-2001) e e-Vox, banda que integra actualmente. Como escritor, é autor dos livros “A Vingança da Ferramenta” (1991) e “O Armazém de Palavras” (2000). É membro fundador do Synapsis, um grupo criado em 2010, cujo objecto principal é a intervenção cultural na cidade de Setúbal, nomeadamente através da busca de abordagens inovadoras na ligação do indivíduo com a envolvente social e cultural que o rodeia e de que faz parte, bem como no desenvolvimento de uma reflexão crítica através das diversas formas de expressão artística. Não tem heróis, nem modelos, nem referências. Não segue ninguém, nem se identifica com religiões, ideologias, seitas e outras invenções humanas criadas para tentar explicar o inexplicável ou condicionar e regular a natureza e o pensamento humanos. Mas assume a democracia como a única via possível para viver aceitavelmente em sociedade. Arroga-se da sua natureza única e irrepetível, assumindo-se como um ser feliz e realizado, mesmo sabendo-se absolutamente irrelevante no contexto do cosmos. Não crê em deuses: nem celestes nem terrenos. Tem uma boa relação com a vida, mesmo acreditando que ela se resume ao espaço exacto que medeia entre o nascimento e a morte.
OBRAS PUBLICADAS:
A VINGANÇA DA FERRAMENTA – 1991
O ARMAZÉM DE PALAVRAS – 2000

A TRAVESSA DOS BISPOS ESCARLATES E OUTRAS HISTÓRIAS é um livro divertido e despretensioso que nos leva, como um guia insano, pela ténue fronteira que separa o real do imaginário. Composto por 7 histórias, escritas entre 1985 e 2010, as personagens que o habitam vivem situações paradoxais e, aparentemente, falhas de qualquer sentido e realidade. Porém, logo abaixo da superfície deste confuso e nebuloso labirinto de palavras, revela um território de inesperada clareza, que remete para a vida de todos nós, comuns mortais, sujeitos às leis da vida, da natureza e da sociedade. Quantas vezes não damos connosco a pensar que a vida, na sua aparente marcha feita de simplicidade e ordem, não se nos afigura, afinal, como absurda, caótica e falha de sentido? Sem nunca ousar entrar na dimensão complexa e densa da filosofia, este livro acaba por mergulhar, através de uma espécie de comédia trágica e cínica, nos mistérios abissais do sentido da vida. 

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