SINAPSIS E MAEDS APRESENTAM:
Concerto do grupo e-Vox
O grupo e-Vox vai apresentar, no dia 29 de Abril, às 21h30, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal de Setúbal (MAEDS), o concerto "Pelo sonho é que vamos", com músicas inéditas de Salvador Peres, feitas sobre poemas de Sebastião da Gama, terá a participação dos declamadores Carlos Medeiros, João Completo e Elisabete Caramelo e do pintor Nuno David. O evento é integrado na programação Synapsis, em parceria com o MAEDS.
O e-Vox surgiu em 2002, evoluindo a partir da vontade de renovar as ideias que norteavam o grupo In Situ, formação que desenvolveu, em Setúbal, uma extensa actividade nas áreas da música, poesia e pintura entre os anos de 1993 e 2002. Estreou-se nos Açores, em Maio de 2003, nos Encontros de Porto Pim, na cidade da Horta, onde realizou dois concertos. Em Novembro de 2003, levou ao Centro Cultural de Belém o espectáculo De profundis, inspirado em poemas de poetas açorianos. Entre os muitos concertos que já realizou, destacam-se os realizados em Maio de 2004, nos Açores, dois na cidade de Angra do Heroísmo e um na Horta, integrado nos Encontros de Porto Pim. Em Novembro de 2004, levou ao Centro Cultural de Belém o espectáculo “Este Mar que nos Une” e, em Novembro de 2005, também no CCB, estreou o espectáculo “Bocage e Outros Poetas”. Em 2006, voltou aos Açores com o concerto "Cantar Bocage e Outros Poetas". Desde então, tem actuado regularmente em Lisboa e Setúbal, sempre com concertos temáticos associados a grandes poetas portugueses. Recentemente, a banda mudou a sua constituição, apresentando-se, agora, ao público com a seguinte composição: Diná Peres (voz), Luís Alegria (flauta), Alexandre Murtinheira e Salvador Peres (violas acústicas).
Entrada Livre
Sábado, dia 30 de ABRIL, pelas 16.00h, MAEDS
Lançamento do livro:
MATARAM MARIANA…
Dos Fuzilamentos de Setúbal
À Ruptura Operariado-República
Em 1911
Autor: Álvaro Arranja
Edição: Centro de Estudos Bocageanos
Apresentação do livro: Daniel Pires e Joaquina Soares
Sobre o livro:
Quase nada sabemos sobre Mariana Torres e António Mendes, os dois operários mortos em 13 de Março de 1911, em Setúbal, pelas balas da recém-criada Guarda Republicana. Porém, essas mortes (cinco meses após o 5 de Outubro) e a imagem das indefesas operárias conserveiras baleadas na Avenida Luísa Todi, quando lutavam pela sua dignidade como operárias e como mulheres, foram um acontecimento marcante para a relação entre a República e o operariado e a própria evolução histórica da 1ª República.
Passados os momentos iniciais da natural euforia revolucionária, imediatamente posterior ao 5 de
Outubro de 1910, o novo regime tem de encarar os problemas do país. O ano de 1911, vai ser preenchido por esse choque com a realidade de um país alheio aos grandes ventos da industrialização que sopram no centroe norte da Europa.
Como Afonso Costa reconheceu em 1929, numa carta a Teixeira Gomes, com um conhecimento proporcionado pelo exílio e pela derrota, o estado de guerra com as classes trabalhadoras, deu um contributo decisivo para tornar a República incapaz de resistir aos seus opositores e impedir a sua queda. Foi em Setúbal o divórcio se consumou. Os cadáveres de Mariana Torres e António Mendes ergueram-se como um testemunho da ruptura entre o operariado e o poder republicano.
As balas que mataram Mariana na Avenida Todi, mataram também Marianne, símbolo dos ideais republicanos de liberdade, igualdade e fraternidade.
Sobre o autor:
Álvaro Arranja é historiador e professor. Tem vários trabalhos publicados sobre história do movimento operário em Portugal, a I República e história local de Setúbal. Em 2010 publicou Anarco-Sindicalistas e Republicanos. Setúbal na 1ª República.
Entrada Livre
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