Nos dias 7 e 14 (sextas-feiras) de Outubro ocorrerão
diversas conferências sobre temática arqueológica, respectivamente no Barreiro
(Espaço Memória) e no Seixal (Auditório dos Serviços Centrais da Câmara
Municipal do Seixal). Os dias 8 e 15 (sábados) de Outubro serão dedicados a
visitas guiadas, em autocarro, a sítios patrimoniais relevantes da região.
Lançamento do livro "O Terreiro" de José Luis Neto | 21 de Julho | 18h00 | MAEDS
“Abrindo a sua escrita a outros imaginários (temáticos, estilísticos, temporais), José Luís Neto dá-nos, no segundo romance, uma obra profundamente original. Cerzindo habilmente memória e imaginação, passado e futuro, ironia e sensualidade, realismo social e ficção científica, o autor enovela-nos para melhor nos fascinar. O Terreiro revela-se-nos um romance sedutoramente áspero, onde convergem situações de irrecusável fantasia, vividas por personagens em rodopios fracturantes – e contagiantes. Com invulgar domínio de escrita, José Luís Neto viaja-nos por territórios de envolventes rarefacções, ancorado em (in)contida afectuosidade pela terra e pela gente a que pertence. O autor sabe dilatar os tempos e os espaços, os sentimentos e as pulsões como poucos na actual ficção. Lê-lo devagar é imergir num universo de tons coloridos onde a natureza humana, as distorções dos intervenientes ganham aspectos inesquecíveis. A cúpula de iluminium que, por exemplo, cobre Lisboa, uma Lisboa fora do tempo, é um achado de simbolismos a guardar.”
Fernando Dacosta
Escavações Arqueológicas no Castro de Chibanes
O MAEDS - Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de
Setúbal /AMRS está a realizar, a partir do dia 11 de Julho, uma campanha de
escavações arqueológicas no mais emblemático sítio arqueológico da Península de
Setúbal – Chibanes. Esta campanha integra-se no projecto de investigação CIB,
dirigido por Joaquina Soares e Carlos Tavares da Silva. Na área culminante da
Serra do Louro, de onde se avistam, com grande visibilidade, os rios Tejo e
Sado, erguem-se três fortificações sobrepostas que desafiam o tempo e nos
surpreendem pela convergência de soluções arquitectónicas em tão longa
diacronia. Directamente sobre o calcário dourado da Serra do Louro foi
construído um recinto muralhado reforçado por bastiões, há cerca de 5000 anos,
na Idade do Cobre. A população pré-histórica agro-pastoril que aí viveu, e
tumulou os seus mortos na necrópole de hipogeus da Quinta do Anjo, abandonou o
local no início da Idade do Bronze. O lugar voltaria a ser escolhido para a
construção de nova fortificação, nos finais da Idade do Ferro, na transição
para o século III antes de Cristo. A vida deste estabelecimento terá sido
curta, pois os exércitos de Roma, na sua marcha conquistadora para norte,
invadiram Chibanes e apropriaram-se do local e da população, construindo aí um
estabelecimento militar que viria a ser desactivado no segundo quartel do
século I antes de Cristo. Na presente intervenção de campo será dispensada
particular atenção a esta última fase de Chibanes, com vista ao prosseguimento
da valorização arqueológica e patrimonial do sítio.
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