O CURSO DE DESENHO "TRAÇO A TRAÇO" está de volta...INSCRIÇÕES A PARTIR DO DIA 2 JANEIRO, com limite máximo para 15 participantes.
Informação:
Período: 7 Fevereiro a 4
Abril, 2015
sábados, 14h30 às 17h00
Valor: 50€ (com
certificado)
Duração: cerca de 27h
Local: Museu de Arqueologia e
Etnografia do Distrito
de Setúbal
Público-alvo: Todos os
interessados em explorar as suas capacidades no campo das Artes Visuais,
com ou sem experiência.
Coordenação: Ana Isa Férias (Artista
Plástica) e Eduardo
Carqueijeiro (Artista plástico)
Convidados: Ana Lima Netto (Artista
Plástica); Andreas Stöcklein (Artista Plástico); Carlos Pereira ( Designer/Ilustrador);
Joaquina Soares (Directora do MAEDS); Luciano Costa ( Pintor); Luis Valente (Artista
Plástico);Pedro Santos ( Designer/ilustrador).
Programa:
7 Fevereiro/15
Apresentação do curso
Traço a Traço
Exercícios de desenho
Orientação: Ana Férias
14 Fevereiro/15
“O tempo no desenho”
Orientação: Andreas
Stöcklein
21 Fevereiro/15
“Pintar ao ritmo da
música”
Orientação:Eduardo Carqueijeiro
28 Fevereiro/15
“Desenho de
Paisagem/diário gráfico”
Saída de campo (local a
combinar)
Orientação: Luis Valente
7 Março/15
“Ilustração Científica”
Orientação: Carlos Pereira
14 Março/15
“Pintura de aguarela”
Orientação: Luciano Costa
Saída de campo (local a
combinar)
28 Março/15
“Desenho
Anatómico/retrato”
Orientação: Pedro Santos
21 Março/15
“Visita guiada ao Centro
Histórico de Setúbal”, registando o percurso em diário gráfico.
Orientação: Joaquina
Soares
4 Abril/15
“Desenhos do Eu”
Orientação: Ana Lima Netto
8 a 16 Abril/2015
Exposição colectiva
“Setúbal em diários gráficos”. Trabalhos realizados durante o curso. Espaço das
Artes- Casa da Cultura Setúbal
Organização: MAEDS/AMRS
INFORMAÇÕES:
MAEDS - Museu de
Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal
Avenida Luisa Todi, nº162
2900-451 Setúbal, PORTUGAL
E-mail:
maedseventos@gmail.com
www.maeds.amrs.pt
Tel.: +351 265 239 365 Fax.:
+351 265 527 678
Http://maedseventosactividades.blogspot.pt/
Aqui fica uma sugestão para dia 9 de Novembro...
Inauguração das novas exposições temporárias do MAEDS
Na inauguração das novas exposições temporárias do MAEDS
estiveram muitos rostos conhecidos das artes, do jornalismo, da museologia...
Na visita guiada às exposições Américo Silva. Projectos
1994-2002 e Villa Romana do Rabaçal, Penela, Portugal, 1984-2010: generosidade
da terra e solidariedade dos Homens entre muitos visitantes, destaque para a
presença do artista visual Américo
Silva, da comissária das exposições Joaquina Soares,
directora do MAEDS, do director das escavações da Villa Romana do Rabaçal, Miguel Pessoa e do Presidente da Câmara
Municipal de Penela, Luis Filipe Matias.
O XVII CONGRESSO MUNDIAL DA UISPP EM BURGOS
Acaba de realizar-se com assinalável bom êxito o XVII
Congresso Mundial da União Internacional de Ciências Pré e Proto-históricas
(UISPP), na esteira dos anteriores congressos de Lisboa e Brasil. Da reunião de
Lisboa, conserva ainda no logótipo o báculo da cultura megalítica alentejana.
Para ver notícia completa consulte:
ATRIBUIÇÃO DA MEDALHA LASA AO MAEDS NAS COMEMORAÇÕES DO DIA DA CIDADE DE SETÚBAL/15 DE SETEMBRO 2014 SESSÃO SOLENE ORGANIZADA PELA LASA (Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão). SALÃO NOBRE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL
Fotografias do Arquivo Municipal de Setúbal |
No acto de recepção
da medalha LASA, entregue pelo Doutor José Cortez, em representação de
Secretário de Estado da Cultura, as palavras de agradecimento
da Directora do MAEDS, Doutora Joaquina Soares:
É com enorme gosto que em nome do MAEDS , na
qualidade de sua Directora, recebemos a medalha LASA. De facto, nos objectivos
e nos caminhos da sua concretização muitas vezes a LASA e o MAEDS se encontram e colaboram
no sentido da elevação da oferta cultural no município de Setúbal. Juntos têm
disseminado os valores do património histórico-cultural e promovido a sua
fruição pelas populações. Estas duas entidades têm também cooperado na
construção de uma identidade setubalense, no reconhecimento do carácter único
deste lugar, dos seus artistas, dos seus poetas, das suas gentes. Não numa
perspectiva saudosista, mas virados para o futuro.
Setúbal possui todas as condições para se afirmar como
importante capital regional. O cumprimento deste objectivo exige a mobilização
dos recursos biofísicos da Arrábida, do estuário do Sado e do mar largo. Também
o corpo edificado da urbe, onde se plasma grande parte da sua história, o
chamado centro histórico, deverá constituir uma prioridade no que à
reabilitação física, demográfica e económica respeita. Mas é sobretudo a cidade
viva dos cidadãos que mais importa, a que hoje está sendo aqui valorizada pela
LASA em colaboração com a Câmara Municipal de Setúbal.
A génese da LASA encontra-se associada à fundação e
manutenção durante décadas do Museu da Cidade /Convento de Jesus,
sob a direcção do Eng.º João
Moniz Borba. Também essa vertente de defesa intransigente dos
valores culturais da nossa região e especialmente museológicos a aproxima do
MAEDS.
Por todas estas razões é uma honra recebermos a medalha de
mérito da LASA, que partilhamos com todos os que de uma ou outra forma
inscreveram no seu mapa cognitivo e/ou afectivo o Museu de Arqueologia
e Etnografia do Distrito de Setúbal.
Muito Obrigada!
Fotografia do Arquivo da Câmara Municipal de Setúbal |
Deixamos igualmente aqui o extracto referente ao MAEDS do
discurso de apresentação dos homenageados, proferido pela Dra. Maria Helena Fragoso
de Mattos, em
representação da Direcção da LASA:
“ [...] Esta última apreciação (empreendedorismo, esforço e
sucesso) aplica-se também à terceira
entidade, hoje aqui homenageada: o
MAEDS , como nos habituámos a referir o Museu de Arqueologia
e Etnografia do Distrito de Setúbal. Criado em 1974, projecto dirigido desde
sempre pela Doutora Joaquina Soares, a quem saúdo com amizade; este Museu é,
naturalmente, um espaço de investigação, guarda, preservação e estudo
interpretativo do património, mas é
também um lugar aberto a toda a sociedade civil, incentivador de “criação” em áreas
diversificadas, estimulador de produção
e consumo de cultura, ela própria , património !
Nesta linha, além da exposição permanente que é possível, o Museu acolhe exposições temporárias de pintura ,
fotografia ou outras formas de expressão artística, concertos, encenações,
debates, tertúlias…, não apenas no seu pequeno auditório, mas reinventando e
multiplicando o espaço, extensivas a outras zonas da exposição museológica e
nelas enquadradas! Diria que no MAEDS “acontece”.
Também com as Escolas o MAEDS realiza um trabalho pedagógico de grande
relevância, como seja o das visitas guiadas, dos ateliers e/ou exposições temáticos, entre outras
actividades!
Finalmente há ainda a referir a colaboração do Museu com o
Centro de Estudos Arqueológicos o qual constitui uma estrutura de investigação sob
a competente e sábia orientação do Doutor Carlos Tavares da Silva ,
a qual conta com uma equipa permanente e cumpre dois objectivos fundamentais:
em primeiro lugar a pesquisa , através de projectos de longo prazo,
normalmente desenvolvidos com instituições
congéneres, frequentemente também estrangeiras (e que integra as escavações e
os cursos de verão); em segundo lugar a intervenção em situações de emergência
de preservação no quadro da compatibilização possível entre defesa do património e desenvolvimento
urbano, um problema delicado, a que um Museu vivo como este, dá naturalmente,
toda a atenção!
Termino esta exposição pedindo desculpa por me ter alongado
e excedido o tempo
previsto, mas são muitos, e muito ricos, os justificativos para as presentes
homenagens!
Quero ainda
apresentar os votos da LASA, bem como os meus votos pessoais, de que os
méritos aqui hoje reconhecidos constituam um exemplo e um incentivo para todos
nós!
Muito obrigada.
Crónica:
Património Imaterial: A Cultura Que Abril Nos Trouxe Debate
organizado pelo Movimento Democrático De Mulheres (MDM)
por Joaquina Soares
(Directora do MAEDS)
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=21680#.U9kzYldskxI.facebook
ENTRE SAL E FLAMINGOS...
O evento Entre Sal e Flamingos foi
um sucesso, a organização conjunta entre FSS, CMA, MAEDS e ICNF agradece a
todos que no evento participaram.
Convite para conferência 11 de Julho com Prof. Doutor M. Rojo Guerra - “El neolítico y la Neolitización de las tierras del Interior Peninsular”.
Nota de imprensa/convite:
O Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal
(MAEDS) está a promover uma conferência, no âmbito do Summer School “Arrábida
Arqueológica. 2014” com o Prof. Doutor
Manuel Rojo Guerra.
Esta terá lugar no dia 11 de Julho, sexta-feira, pelas 15h30,
no Auditório de Conferências da Casa da Baía em Setúbal. A entrada é livre e a
conferência incidirá sobre a temática “El
neolítico y la Neolitización de las tierras del Interior Peninsular”.
Manuel Rojo Guerra é professor de Pré-História na
Universidade de Valladolid, Espanha. A
sua tese de doutoramento intitulou-se “Prospección arqueológica de la antigua cuenca
de la Nava: Neolítico y Edad del Bronce I”.
A sua pesquisa tem-se centrado sobre o mundo megalítico peninsular e, em especial, na Submeseta
norte.
Recentemente
coordenou uma publicação onde se faz um balanço do Neolítico da península
Ibérica “El Neolitico / The Neolithic: En La Peninsula Iberica Y Su Contexto
Europeo”.
QUER PARTICIPAR NAS ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS DE CHIBANES /2014?
O período reservado para estudantes e interessados será de 8 a 18 Julho.
Alojamento em parque de campismo na Arrábida (Centro de
Educação Ambiental).
http://ceada.cne-escutismo.pt/
http://ceada.cne-escutismo.pt/
A inscrição no Summer School é indispensável:
Summer School "Arrábida Arqueológica" 2014
Já se pode inscrever e consultar todas as informações sobre o Summer School "Arrábida Arqueológica" deste ano. Participe e terá certamente uma oportunidade de adicionar ao seu Verão uma experiência distinta.
http://museu-maeds.org/chibanes2014/
http://museu-maeds.org/chibanes2014/
ENCONTRAM-SE ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O SUMMER SCHOOL "ARRÁBIDA ARQUEOLÓGICA" 2014
A 3ª edição do Curso de Verão “Arrábida Arqueológica” terá a
estrutura organizativa e a duração das edições anteriores. Contará com uma
componente teórica, e outra prática realizada no Castro pré e
proto-histórico de Chibanes (Palmela). Será dedicada ao processo de
neolitização no Ocidente Ibérico.
- Constituirá uma oportunidade de actualização de
conhecimentos e participação nos debates para alunos do ensino superior de
arqueologia, história e/ou antropologia, para profissionais destas áreas e
ainda para público interessado em problemática tão crucial para o entendimento
do Presente. Os professores do curso são arqueólogos de renome que desenvolvem
projectos de investigação em Neolítico (ver programa das conferências).
Poderá ainda:
- Desenvolver trabalho de campo em uma das jazidas
arqueológicas mais emblemáticas da Arrábida: Chibanes. Aí foi possível
distinguir três grandes fases de ocupação, todas elas fortificadas. A fase mais
antiga é datada do III milénio BC e abrange o Calcolítico e o Bronze Antigo.
Segue-se, após longo período de abandono (cerca de 1700 anos), ocupação da II
Idade do Ferro, datável dos séculos IV/III e primeira metade do século II a.C.
Por fim, o local foi ocupado no período Romano Republicano, na fase da conquista
romana (último quartel do séc. II a.C. e 1ª metade do séc. I a.C.).
- Visitar alguns dos sítios arqueológicos da região como os
hipogeus pré-históricos da Quinta do Anjo, o estabelecimento romano do Creiro,
estação arqueológica de Tróia.
- Experienciar uma das regiões mais bonitas de Portugal, com
duas reservas naturais: o parque natural da Arrábida e a reserva do estuário do
Sado.
- Conviver com colegas de outras universidades portuguesas e
estrangeiras. Partilhar informação com profissionais dos domínios em que está
interessado.
Participar no Summer School “Arrábida Arqueológica” será
certamente uma oportunidade de adicionar ao seu Verão uma experiência distinta.
Organização: MAEDS-Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal /Assembleia
Distrital de Setúbal.
Coordenação: Joaquina Soares.
Colaboração: Câmaras Municipais de Palmela e Setúbal ,
Faculdade de Letras
da Universidade de
Lisboa , Faculdade de Letras
da Universidade do
Porto , Universidade
Aberta , Universidade de Valladolid.
PROGRAMA
Período: 8-11 de Julho/2014
Tema: O processo de neolitização no Ocidente Ibérico
Arqueologia de campo
Curso
08-11/07/14
8,30H – 13,30H: Escavação arqueológica no Castro de Chibanes
(facultativo)
Conferências
08/07/14
15.30H – Introdução ao tema. Modelos teóricos e confrontação
empírica. Apresentação de novo projecto a iniciar em 2015.
Por Joaquina Soares (Directora do MAEDS e investigadora da
UNIARQ-UL).
16.30H – Pausa para café.
16.45H – “ A precoce neolitização da Costa Sudoeste”.
Por Carlos Tavares da Silva (Director do CEA do MAEDS e
investigador da UNIARQ-UL).
18.00H – Encerramento.
09/07/14
15.30H – “Revisitar o Neolítico antigo da Estremadura”.
Por João
Luís Cardoso (Prof. catedrático da Universidade
Aberta ).
16.30H – Pausa para café.
16.45H – “A neolitização do vale do Tejo: para além de Muge,
o Sorraia”.
Por Victor
S. Gonçalves (Prof. catedrático da Universidade de Lisboa
- Faculdade de
Letras e Director da UNIARQ-UL) e Ana C. Sousa (Profª da Universidade de Lisboa
- Faculdade de
Letras e investigadora da UNIARQ-UL).
18.00H – Encerramento.
10/07/14
15.30H – “Aspectos da neolitização no Alentejo Interior”.
Por Mariana
Diniz (Profª da Universidade de Lisboa
- Faculdade de
Letras e investigadora da UNIARQ-UL).
16.30H – Pausa para café.
16.45H – “O sítio do Prazo no contexto da Neolitização no
Norte de Portugal”.
Por Sérgio E. M. Rodrigues ( Prof. da Universidade do
Porto-Faculdade de Letras e investigador da CEAACP).
18.00H – Encerramento.
11/07/14
15.30 H – “El neolítico y la Neolitización de las tierras
del Interior Peninsular”
Por M. Rojo Guerra (Prof. da Universidade de Valladolid).
17.30 H – Encerramento.
JUNTE-SE A NÓS NAS COMEMORAÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS
18
Maio
Dia
Internacional dos Museus
Em
destaque:
Visita
ao Património Azulejar de Setúbal (10h30 e 15h30)
Atelier
de Azulejaria- Para crianças e jovens e
adultos também
Venha
pintar o seu azulejo e descobrir o universo da azulejaria.
Percurso das visitas
As visitas
ao exterior irão realizar-se ao longo da Avenida Luisa Todi , num passeio
descontraído dirigido para a apreensão da particular atmosfera e luminosidade
desse espaço, e em especial para a observação de alguns aspectos do património azulejar:
1) Fachadas
revestidas a azulejos de padrão dos finais do séc. XIX/inícios do séc. XX;
2)
Painéis
azulejares figurativos do Mercado do Livramento, datados de 1929 e 1930, da
autoria de Pedro
Pinto, em azul e branco, na tradição da distante azulejaria
do séc. XVIII. Apresentam cenas do quotidiano dos setubalenses como por exemplo
a faina da pesca, a exploração do sal e ainda trabalhos de lavoura. Os silhares
de azulejos da autoria de Rosa
Rodrigues e datados de 1944 completam a visão sobre a Setúbal
da primeira metade do século XX, com imagens da cidade, do campo e do rio
emolduradas por frisos de laranjas de Setúbal.
3)
No antigo Largo
da Ribeira Velha, haverá tempo para observar os azulejos de fachada de meados
do séc. XIX, com a presença de simbologias maçónicas, da autoria do conhecido
“Ferreira das Tabuletas”, de seu nome Luís Ferreira.
Enquadramento da
visita: breve introdução à história do azulejo
A origem da palavra azulejo tem sido controversa. À
semelhança do objecto que designa, o termo azulejo tem origem árabe, derivando
de vocábulos como al zulaycha e zuléija que tanto significam “pequena pedra lisa e polida” como “ladrilho”.
O azulejo destinado ao revestimento e decoração da
arquitectura consiste genericamente numa
uma placa de barro cozido, de espessura variável, decorada
e vitrificada em uma das faces.
A divulgação do azulejo na Península Ibérica, mais precisamente no
Levante Espanhol e Andaluzia, surge no séc. XIV, devido à actividade dos
artífices mouros que produziam grandes placas de barro
cobertas de vidrado colorido monocromático que, uma vez cozidas, cortavam em
tecelos geométricos de diversas formas que eram depois recombinados em belos
desenhos decorativos, produzindo mosaicos polícromos sobretudo de formas
geométricas. Este processo de fabrico, que originou os revestimentos cerâmicos
“alicatados” (utilização de um alicate para o corte), era no entanto muito
dispendioso.
Na Andaluzia (Málaga e Sevilha) o artesanato dos oleiros
mudéjares viria a produzir os azulejos de "corda seca" e
de "aresta", que ficaram conhecidos por hispano-árabes e tiveram em
Portugal muitos apreciadores, responsáveis pela sua importação em apreciável quantidade
para a decoração de obras palacianas e religiosas. As técnicas de corda seca e de aresta garantiam a
separação das cores através de barreiras físicas inscritas em negativo ou
positivo no azulejo. A temática decorativa é de carácter geométrico.
A partir de meados do séc. XVI, divulga-se
o azulejo de superfície lisa, onde a utilização do esmalte estanífero branco impede
a mistura dos pigmentos, tornando possível a pintura directa sobre o vidrado (técnica
da majólica). Esta inovação tecnológica contribui decisivamente para a renovação
do panorama artístico do azulejo
peninsular e associa-se a uma estética renascentista com a sua
gramática decorativa figurativista e mitológica.
Em Portugal, como em nenhum outro país, o azulejo
acabaria por assumir posição de destaque no universo artístico nacional, devido
à escala monumental da sua aplicação e do volume da produção atingidas a partir
do séc. XVII. No século
XVII, coexistem diferentes produções azulejares como os enxaquetados, ainda na
tradição estética mudéjar, os tapetes de padrão e as cenas figurativas.
A
partir do último quartel do século XVII, o gosto pela porcelana chinesa azul e
branca que rapidamente conquistou os países do Norte da Europa e se estendeu
mais tarde aos países do Sul reflectiu-se também na azulejaria. A policromia
dos azulejos do pleno século XVII foi sendo substituída pelo monocromatismo
(azul sobre o branco ).
Na primeira metade do séc. XVIII, o azulejo atinge em
Portugal o seu maior esplendor. Após o terramoto de 1755, o revestimento
azulejar espalha-se pelo país, e muito especialmente por Lisboa. No final do
séc. XVIII, a moda impôs os modelos neoclássicos e o azulejo adapta-se
facilmente a estas exigências estéticas.
A guerra imposta pela
política napoleónica e as lutas que se seguiram, com as consequente perturbações
económico-sociais, provocaram o declínio da produção do azulejo. Só na segunda
metade do século XIX, com a industrialização e por influência dos emigrantes
brasileiros (o azulejo levado pela corte portuguesa para o Brasil havia
conquistado o exterior dos edifícios, revestindo integralmente as suas
fachadas, face às boas qualidades reflectoras de luz e calor), retomam-se as
velhas oficinas, agora modernizadas e de fabrico semi-industrial.
Nos inícios
do século XX, o azulejo foi influenciado pelo movimento Arte Nova ,
surgindo em numerosos frontões e faixas decorativas de elementos florais e
vegetalistas, os quais evoluíram para volumes e linhas mais geometrizadas por
influência do estilo Arte Deco. A par destas produções azulejares em sintonia
com os movimentos artísticos europeus, uma corrente tradicional, enraizada na
tradição setecentista, de composições figurativas a azul e branco, irá
manter-se e será especialmente valorizada no conceito de “Casa portuguesa” de Raul
Lino.
O
azulejo como suporte ao serviço da produção artística tem em Portugal larga
aceitação. Entre outras obras pcultura﷽﷽﷽ra e luminosidade dessu dade deste espaço, e em
especial para a observaçúblicas, o Metropolitano de Lisboa celebra
justamente esse cunho artístico do azulejo português contemporâneo.
Através de produções de características mais eruditas ou populares,
a arte azulejar continua a revelar a sua vitalidade e a reafirmar-se como uma
das manifestações mais originais da cultura portuguesa.
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