MAEDS MARCOU NO PASSADO FIM DE SEMANA A ACTIVIDADE CULTURAL EM SETÚBAL:
Apresentação do livro de poesia “De Gante a Samotrácia. Poemas Ocasionais” da autoria de Joaquina Soares
Na
sexta-feira, dia 19 de Outubro, pelas 21h30, no Sal ão
Nobre da Câmara
Municipal de Setúbal, ocorrerá a sessão de lançamento do
livro de poesia “De Gante a Samotrácia.
Poemas Ocasionais”, da autoria de Joaquina Soares, editado pelo Centro de
Estudos Bocageanos (CEB).
A
apresentação do livro será realizada pelo escritor Fernando Dacosta.
O Presidente do CEB, Daniel de Pires, estará também presente.
A
declamação poética é integrada em uma performance
coordenada por José Maria
Dias do Teatro Estúdio Fontenova e coreografada por Yolande Cloetens, em que participarão:
- Graziela Dias (Teatro
Estúdio Fontenova);
- Marília Espírito Santo
(Associação de Angolanos e Amigos de Angola);
- João Completo (grupo
Synapsis);
- Ana Carolina Lourenço (violinista);
- David Brito
(violinista);
- Cláudia Louzada, Inês Gonçalves, Inês
Rosa, Inês Core (Classe de Ballet do
V.F.C.)
Entrada livre
Apoios da Câmara Municipal de Setúbal e do Museu de Arqueologia e
Etnografia do Distrito de Setúbal.
Sobre a autora:
(Maria)
Joaquina (Coelho) Soares, Arqueóloga, Directora do Museu de Arqueologia e
Etnografia do Distrito
de Setúbal e Professora na FCSH da Universidade Nova de
Lisboa, publica o seu segundo livro de poesia, reafirmando que entre ciência e arte existem
muitos cruzamentos, e que a poesia é ainda um raro território de encontro.
Sobre a obra:
Rara
expressividade
Com um título de estranhar,
De Gante a Samotrácia, este livro de Joaquina Soares emerge na moderna poesia
portuguesa como ângulo de rara expressividade.
A escrita, o imaginário da autora
revelam, com efeito, universos de criatividade e racionalidade singularíssimos.
O lírico, o satírico, o épico – tão
identitários de nós – pertencem a territórios que Joaquina Soares contorna a
fim de abrir, e impor, os seus.
O que logra inteligentemente dado o
seu “surrealismo incolor”, na expressão de Natália Correia (sobre o
surrealismo português), e o seu virtuosismo formal que lhe permitem desmontar e
montar palavras, ideias, sentimentos, memórias
Pietà 4, título de um dos poemas, é exemplar:
“Quando
morrer
poderei
repousar
em
qualquer lugar.
De
preferência longe da cidade,
na
savana africana,
onde
um casal de felinos se deita ao luar,
ao
som do murmúrio do vento”.
Dividido em três partes (Poemas de Gante, Poemas de luto em Lisboa e Dança com
pano vermelho), o livro de
Joaquina Soares abre e fecha círculos que, progressivamente, nos envolvem, nos
cumpliciam.
Ao surgir em periferias da
literatura convencional, a autora ganha espaços (próprios) que lhe permitem
inovar, dilatar como poucos ousam assumir.
De Gante a Samotrácia é uma viagem estimulante, de bússola invisível mas de
rota certeira que fica (nos que a dobrarem) como referência de engenho incomum.
Fernando
Dacosta
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